PENSE NISSO |
FALANDO FRANCAMENTE-Não estou aqui para dar soluções mágicas para essa crise muito menos me colocar de forma superior a qualquer que seja o profissional, mas também não posso me acovardar diante dos fotos graves que vive nossa grande e forte nação. Não busco ser apenas um mero blogueiro que trabalha como formiga em busca de milhares de acessos mas também ser um analista da cena social brasileira.
Acredito que para figuras como eu que defendem uma imprensa cada vez mas livre do capital gerado pelas grandes fortunas sejam elas estrangeiros ou nacional com espaços de discussão livre, não apenas sobre a política mas sim sobre a sociedade em todos os pontos se tornam cada vez mas necessários em uma sociedade tão atribulada de obrigações e que busca se movimentar na velocidade da luz onde 24 horas já não parecem suficientes para cumprir toda nossa cada vez mas extensa agenda.
Não busco por momento algum parecer um bom samaritano ou encarnar um comunista dos anos 50 que demoniza o setor privado e toda sua enorme capacidade de investimento.
Tenho plena consciência de que o dinheiro é cada vez mais importante em nossa sociedade tão competitiva e com uma inegável sede de conquista algo que sem duvida alguma é extremamente saudável para qualquer grande nação mas é preciso reconhecer que se essa sede se limitar ao campo do poder e do completo domínio sobre o seu semelhante essa sociedade é engolida pela lama da desigualdade.
Tenho plena convicção de que esta sociedade que se afogou neste mar de lama se tornou vítima de uma grave doença que está distribuindo de forma feroz a raiz de nossa sociedade a tão conhecida e ao mesmo tempo tão pouco executada tolerância que diferentemente do que muitos acreditam não deve se restringir apenas as pessoas mas também ao modo que elas escolhem atuar no palco da vida.
Busco fundamentar este longo artigo em algumas perguntas e mesmo sendo indagações antigas gostaria que cada leitor tente responder a todas essas interrogações não a mim, mas a sua própria consciência, que ate pode estar um tanto adormecida neste momento de grave crise e desesperança.
A partir de qual momento da vida nos tornamos pré-conceituosos ?
Por que a sociedade ainda tem tanta dificuldade em discutir a regulamentação da maconha ?
Por que temos tanta dificuldade em discutir a descriminalização do aborto ?
Por que temos que obedecer uma constituição que não conhecemos ?
Por que incomoda tanto a uma fatia de nossa sociedade homossexuais terem o direito de utilizarem os nomes que escolheram em espaços públicos ?
Por que um parlamento maciçamente machista tornou supostamente legal um processo golpista que não é reconhecido por uma fatia importante de nossa sociedade tendo como vítima uma mulher que foi democraticamente eleita ?
Por que incomoda tanto uma instituição financeira pública subsidiar a construção de casas populares dando a milhares de famílias a grande oportunidade de formalizar um lar?
Por que o fato de pessoas oriundas de uma classe menos favorecida terem a oportunidade de ter acesso a uma vida com mais dignidade incomoda tanto a uma fatia de nossa sociedade ?
Por que este falso moralismo extremamente seletivo toma conta da sociedade ?
Por que veículos de informação bancados por todos se restingue a uma fatia da sociedade ?
O que faz casas legislativas e poderes executivos que em absolutamente nada se parecem com empresas de capital misto, financiam espaços na mídia seja ela tradicional ou alternativa?
Por que hoje nossa classe parlamentar que em outros tempos se dividia em questões programáticas fundamentadas em bandeiras defendidas pela sociedade hoje se fragmenta utilizando nomenclaturas que sem duvida alguma podem ser considerada estranhas como por exemplo bancada da bala, bancada da família ou bancada ruralista ?
Acredito que essa grave crise deve ser enfrentada como uma grande janela de oportunidade para pela primeira vez enfrentar verdadeiramente questões fundamentais pois assim quando isso acontecer seremos de fato uma grande nação.
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